sábado, 4 de agosto de 2007



Foi um dia de Sol perfeito. Nem quente, nem frio. Todos estão felizes a conversar sobre o dia seguinte. É véspera de Halloween. Bombons, chocolates, chicletes e muita travessura. Olhem o Sol! Não estão vendo o dia? Ele está azul como nunca. Saio de mansinho. As árvores estão tão coloridas. Um colorido sem igual. Faz tempo que não ando de bicicleta. Primeiras pedaladas. Quanta emoção sentir o vento no rosto enquanto olho a paisagem. O vento torna-se música e as ruas transformam-se em passarelas para nós pobres mortais. Amarelo, vermelho, verde, marrom. São cores e tonalidades de um período inesquecível chamado Outono. Não há palavras, fotografia ou pintura que possa mostrar ou descrever essa estética criada pela nossa grande Mãe. Pedalo mais um pouco. Desço uma ladeira e o vento parece cantar com mais força aos meus ouvidos. Paro. Não vejo mais o asfalto. Folhas, folhas e mais folhas. Sinto-me honrada. Ando lentamente. Novamente paro. O vento forte levanta as folhas do chão fazendo uma cadeia de ondas. As folhas parecem dançar. A cada segundo um novo tapete surge. Tento filmar esse balé, mas é em vão. Não há como filmar essa beleza. Estou entorpecida. Nesse momento pensei: "nada mais belo". Engano meu. Quando menos espero, começa a chover. Não é uma chuva qualquer. São confetes oferecidos pelas árvores. Milhares e milhares. O céu agora se torna uma tela com vários pigmentos de todas as cores. O balé se completa. Folhas a dançar e cair enquanto o vento dita o ritmo e a melodia. Como nada é eterno o balé termina. Volto para casa a escutar os sussurros do vento.

2 comentários:

Cynthia Rocha disse...

... E O VENTO QDO ABRAÇA ARREPIA, NEH LILI?!


PS: UMA LINDEZA ESTÁ FICANDO ESSE LUGAR!

Lílian Soares disse...

Um arrepio tão delicioso quanto inesquecível.

;)