sábado, 7 de junho de 2008



Nunca mais encontrei com minha menina. E ela costumava embriagar meus dias. Passei horas me questionando o porquê de tamanha distância. Sem nem avisar ela partiu? Menina, vem aqui. Quero apenas prosear contigo. Amedrontada com tantas recordações? Reviro minhas gavetas e meus pedaços de lembranças. É como tentar montar um quebra-cabeça. Só que quem recorta as arestas das pecinhas sou eu. Sempre. Confundo-me. E minhas fantasias tornam-se também parte desse jogo. Menina, vem aqui me ajudar a montar. Por favor. Estou com tantas saudades de seus olhares. Prometo não falar de minha labuta. Nada de adultês. Quero apenas balbuciar aquelas três primeiras palavrinhas ditas.

4 comentários:

Beatriz Rodrigues disse...

Também ando procurando minha menina pelas gavetas, pelos envelopes envelhecidos, pelos cantos, pelas cores desbotadas... A adultês passou perto e deixou tudo tão cinza, como se eu precisasse de alguma ferramenta para descascar a tinta verde da parede, e assim poder ver um pouco mais de vermelho (as cores se complementam). Eu quero mais menina em mim.
E tu és uma linda que escreve muito bem. Por isso que é sempre tão encantador te encontrar também por aqui, nestas linhas letras :)
Beijosssss

Beatriz Rodrigues disse...

Ah, e quanto à imagem: Talvez a adultês tenha deixado tudo tão seco. Mas te digo que o seco é sempre um passo dentro de um ciclo. Por isso que mesmo a adultês não se sustenta por si só... Encontraremos as nossas meninas, mais cedo ou mais tarde... ^^

Larissa disse...

florzinha, guarda a tua menina dentro de si, pra deixar a tua adultês sempre mais bela, com a infância que passou e com tudo de mais lindo que ainda está por acontecer.

Bruna Rafaella Ferrer disse...

Falamos juntas então...

Um belo tempo! É o que desejo a vc, minha linda menina.

Que viva o adultês com todas as lições que a infância ainda exerce, e eu sim que sim, sempre.

Sempre será minha linda menina

:)