Ela veio a mim correndo com a boca cheia de fruta colhida. Quanta alegria. Ela era um tanto assim: magrinha, desengonçada e sempre com esse olhar. Uma doçura. Entre os dias de raros vestidos e constantes bermudas cantarolava nas ruas de barro. Ai essa saudade... Um dia bateu em minha porta para me avisar: "Vou viajar!". Para onde? "Vou para a terra de jambos vermelho e chão de flores rosa." Deu-me uma pequena foto. "Para você não se esquecer de mim" E saiu correndo. Sumiu como pólen ao vento. Corro todo dia por entre essas ruas de pedra para concretizar seus sussurros ao meu ouvido.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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